7 de janeiro de 2010

Entre tantos rostos há um que se diferencia aos meus olhos. Não sei explicar que distinção ele tem dos demais que me causa tal frisson. Mas para mim ele reluz como espelho a luz do dia, é purpurina colorida. Eu não sei seu nome, ele também não sabe o meu. Não sei de onde vem, pra onde vai. Só sei que todos os dias as 15 horas ele passa em frente a minha porta e eu por ele estarei esperando.
Quando o sino da igreja bate as 3 eu já estou lá esperando anciosamente. Sentada na soleira da porta vejo ele de calça de linho, camisa de botão o cabelo sempre bem pentado. Caminha a passos largos, lentos e certos. Meu coração pelo contrário palpita rápido, descompassado, grita alto.
Se um dia eu tomar coragem chamo ele pra um café!

4 de janeiro de 2010

Estrelas em órbita (tributo à Fabio Rocha e Saulo Fernandes)




Quando dois astros habitam uma mesma órbita isso pode ter efeitos positivos e negativos.

Se possuem luz própria, como os astros que me inspiram nesse momento, e estão próximos podem emanar uma luz tão bela quanto jamais vista antes.

No entanto se esses mesmos astros percorrem sua órbita em diferentes velocidades. Um dia um grande acidente há de acontecer.

A colisão é certa e fatal, tamanha a força de tais estrelas.

E jamais tais estrelas brilharão como antes. No tempo em que habitavam a mesma órbita.

Talvez, e muito possivelmente isso aconteça, cada uma dessas estrelas gerará uma nova estrela, quiça um planeta, cheio de vida dentro de si, de força.

Há de se aguardar o tempo da estrela. E ela lhe saberá retribuir!